Entenda o passo a passo e as regras para blindar um carro no Brasil

9 de setembro de 2025

Blindagem de veículos é fiscalizada pelo Exército e exige autorização antes do início do processo


Já pensou em blindar seu carro? Em 2024, 268 carros foram blindados na Bahia, o que colocou o estado no 6º lugar entre as unidades federativas que mais reforçam veículos no Brasil. Ao todo, existem seis diferentes níveis de blindagem, definidos pelos tipos de armamento, munição, massa e velocidade do projétil.


A blindagem automotiva mais praticada no Brasil é a de nível 3-A, que protege os ocupantes do veículo contra disparos de pistolas 9 mm e revólveres 44 Magnum. Além do nível 3-A, há outros mais baixos, como os níveis 1, 2 e 2-A, que protegem contra armas de menor calibre, assim como há níveis maiores, como o 3 e o 4, que chegam a suportar disparos de armas longas e fuzis, mas que não estão disponíveis para qualquer interessado.


No país, o Exército é o órgão responsável por fiscalizar o setor em território brasileiro. “O nível 3 é de uso restrito, ou seja, trata-se de um nível especial em que a pessoa precisa de fato comprovar a ameaça para que o Exército autorize essa proteção. Ela é encontrada geralmente em veículos militares e também nos de transporte de valores. O nível 4, por sua vez, tem sua aplicação proibida para uso civil”, explica Marcelo Silva, presidente da Abrablin.


Antes de blindar um carro, é necessário ter em mãos uma autorização do Exército, que só pode ser solicitada por blindadoras credenciadas pelo órgão militar para realizar o serviço. Depois que a documentação é liberada, a empresa encomenda o material balístico e os componentes que serão substituídos, como os vidros e a manta balística que cobrirá a lataria. Na primeira etapa do processo de blindagem, o carro inteiro é desmontado e envelopado para evitar arranhões.


A partir daí, entra a aplicação do aço balístico na lataria do veículo. Portas, parachoque, porta-malas, colunas e toda parte estrutural do carro é reforçada com o material de alta resistência. Os vidros também recebem componentes blindados. Nessa etapa, uma alternativa mais cara, porém mais leve, é o polietileno, que reduz bastante o peso do carro após a blindagem e geralmente é utilizado em automóveis de alto padrão ou elétricos.


Depois de ter toda a carcaça reforçada, o carro é remontado com os devidos acabamentos para mantê-lo mais fiel possível à versão original. Por fim, são realizados diversos testes para testar a vedação da blindagem, como simuladores de chuva e testes de rua. Passadas as avaliações, o veículo é higienizado e encaminhado de volta para o cliente. O processo pode demorar de 40 a 50 dias, a depender do modelo do veículo.



FONTE: Correio 24horas

11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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