Blindagem de carros elétricos: tudo o que você precisa saber para proteger o seu veículo

30 de julho de 2024

Com o avanço da sustentabilidade dentro da indústria automotiva, cresce a busca por alternativas de segurança que respondam à modernidade e à performance dos lançamentos.


A venda de carros elétricos no Brasil bateu recorde em 2023, com um aumento de 91% em relação ao ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O crescimento no número de vendas do modelo impacta positivamente diversos setores do mercado automotivo, especializados em comercializar produtos e serviços para veículos elétricos. Entre os setores impactados está o de blindagem automotiva, processo que além de garantir segurança a estes carros de maior valor agregado, ainda pode beneficiar o desempenho de diversos exemplares da categoria elétrica.


As projeções de aumento na demanda para o setor de blindagens, em referência às vendas de veículos elétricos, se somam a um aquecimento dessa fatia do mercado em decorrência do cenário de segurança pública nacional.


Conforme aponta a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), a inserção de proteção balística em automóveis cresceu 30% no último ano, fazendo com que blindar um carro se tornasse uma prática comum, especialmente em regiões com altos índices de violência ou onde há uma preocupação maior com segurança pessoal — é o caso do estado de São Paulo, que concentra 84% das blindagens do Brasil. 


Garantir a segurança de um veículo elétrico, no entanto, exige um processo diferente de carros convencionais movidos à combustão, conforme ressalta Luiz Fernando Apolinario, CEO Allblin, empresa especialista em blindagens premium. “As diferenças nos processos de blindagem entre carros elétricos e não-elétricos se concentram na presença das baterias de íon-lítio. Além disso, exigem um alto comprometimento com o desempenho dos automóveis. Por exemplo, para que possamos adicionar proteção balística a um elétrico, é preciso que a camada extra não agregue muito peso ao carro. Isso porque acarretaria maior gasto energético e prejudicaria a sua performance no dia a dia”, explica Luiz Fernando Apolinario.


Conforme ressalta o executivo, a presença das baterias transforma o processo de blindagem, fazendo com que seja necessário a adoção de procedimentos especializados como a desenergização, que envolve a desconexão dos circuitos, e, no final do processo, a reenergização. “Por isso, é importante ressaltar que a blindagem de elétricos deve ser realizada por empresas especializadas. Dessa forma, para garantir que o trabalho seja feito com segurança e que o carro continue operando corretamente após a instalação da camada protetora”.


“Quando falamos de blindagem em geral, incluindo veículos elétricos, o Certificado de Registro do Exército Brasileiro é uma etapa crucial, pois representa a ratificação de que todo o material utilizado é devidamente controlado. Assim, essa é uma etapa essencial para garantir a segurança e a legalidade dos veículos blindados no país”, atesta o CEO da Allblin.


Blindagem de veículos elétricos passo a passo

Confira os passos básicos envolvidos no processo de blindagem de um carro elétrico e entenda o que o seu automóvel precisa para estar devidamente protegido.


1.Desenergização do automóvel

Antes de iniciar o processo de blindagem, os carros elétricos precisam ser desenergizados, o que implica na desconexão das baterias.


2. Desmontagem parcial do veículo

É possível ter que remover alguns componentes do carro temporariamente para facilitar o acesso às áreas que receberão a blindagem.



3. Preparação da carroceria

A carroceria do veículo é preparada para a instalação dos materiais de blindagem. Isso pode incluir a remoção de revestimentos internos, como forros de porta e painéis, para facilitar a instalação dos materiais.


4. Instalação dos materiais de blindagem

As áreas selecionadas do veículo são revestidas com materiais de blindagem, como aço balístico, vidros balísticos, mantas de aramida e outros materiais compósitos. Esses materiais são projetados para absorver e dissipar a energia de impactos de balas ou explosões. É importante que o material seja leve para não agregar muito peso ao automóvel, como é o caso do Tensylon utilizado pela Allblin. Ele substitui o aço de blindagem com um peso 80% menor.


5. Reinstalação dos componentes

Depois que a blindagem é instalada, os componentes removidos são reinstalados. Isso inclui a reinstalação de forros de porta, painéis e outros itens removidos anteriormente.


6. Testes de qualidade e segurança

Após a instalação da blindagem, o veículo é submetido a testes rigorosos para garantir que a blindagem esteja corretamente instalada. Além disso, que o veículo ainda atenda aos padrões de segurança e desempenho.


7. Recalibração eletrônica

Em veículos elétricos, a blindagem pode interferir nos sistemas eletrônicos do veículo, como os relacionados à segurança e ao funcionamento da bateria. Portanto, é importante recalibrar esses sistemas após a instalação da blindagem para garantir que o veículo continue funcionando corretamente.



FONTE: Portal do Trânsito

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No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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