Blindagem mais Leve

9 de novembro de 2023

Blindagem mais Leve


Apesar da pouca evolução da blindagem ao longo dos últimos anos, comparada em geral com o segmento automotivo, pudemos acompanhar o processo de desenvolvimento e aplicação de um recente material adaptado para os projetos de blindagens.

Trata-se de um tipo de polímero – Polietileno de alta performance – cujo material que pudemos acompanhar é fabricado pela DuPont e recebe o nome comercial de Tensylon™.

Com propriedades bastante interessantes, o Tensylon™ pode substituir em boa parte das aplicações o indispensável aço, reduzindo de sobremaneira o peso total agregado pela blindagem.

Para acompanhar esse desenvolvimento e instalação da blindagem, fomos até a blindadora Concept onde fomos recebidos pelo Diretor de Produção, o engenheiro Rodrigo Spinola.

Pudemos acompanhar o processo de desenvolvimento das peças já modeladas para o veículo e fornecidas por um distribuidor da DuPont. O carro pelo qual acompanhamos todo o procedimento, foi uma pickup Dodge Ram, que recebeu um projeto bastante otimizado da blindadora, com vidros mais leves e blindagem opaca constituída basicamente por fibra de aramida e Tensylon™.

Vale lembrar que, como já abordamos em diversas matérias aqui no PORTAL BLINDADOS, o item que mais agrega peso à blindagem de Nível 3a, é o kit de vidros balísticos.

Com fixação prática e com encaixes mais precisos, pudemos acompanhar a rápida instalação do material em vários pontos estratégicos do veículo, tais como: colunas das portas (entre as portas), colunas frontais (nas laterais do parabrisa), colunas traseiras, longarinas superiores, parte interna superior do parabrisa, entre outros.

O resultado final foi muito interessante e comprovado com bastante transparência pela blindadora, com a pesagem inicial e após a montagem final do veículo. Foram 2.596 Kg na entrada do veículo e 2.820Kg ao término da completa instalação da blindagem.

Um incremento de apenas 224Kg para esse porte de veículo, ou seja, agregados 8,6% do peso do próprio veículo.

Importante ressaltar que antes do início do processo solicitamos a pesagem do kit de vidros balísticos que somou 148Kg, sendo somente o teto solar responsável por 30Kg e parabrisa por 41,5Kg.

O resultado final foi bastante interessante com este projeto de blindagem mais leve, que segundo Rodrigo está disponível a vários modelos de veículos.


FONTE: PORTAL BLINDADOS

11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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