É possível retirar a blindagem de um carro?

20 de fevereiro de 2025

Apesar de possível, processo para retirar blindagem custa caro e ainda pode comprometer todo o veículo se for mal feito.


A blindagem de veículos é um segmento que não para de crescer no Brasil. Mas um caso curioso marcou a redação do WM1. Um colega havia comprado um Fiat 500 blindado e queria... retirar a blindagem. Ficamos surpresos (primeiro por ser um 500 blindado; segundo pelo fato de esse colega querer fazer a modificação).


Mas como isso funciona?

Consultamos algumas lojas especializadas no processo de blindagem (e também no que chamamos de "desblindagem", embora a prática seja incomum) para responder a essa pergunta.

A blindagem de veículos é um segmento que não para de crescer no Brasil.

 

Como funciona a blindagem e a desblindagem?

O processo de desblindagem não é nada simples, mas tem se tornado - de certa forma - mais frequente nos últimos anos. Especialmente devido à quantidade de clientes de seminovos e usados blindados que procuram as empresas para fazer a retirada, conforme explicaram duas das três lojas consultadas pela equipe do WM1.

"Desblindar" um carro é complicado porque é preciso desfazer soldas e reforços que o veículo recebe no processo de blindagem. Não só na carroceria e nos vidros, mas também nas suspensões e em "partes móveis" (como portas, rodas e pneus, capô e tampa do porta-malas), o que custa caro.

De acordo com alguns especialistas consultados, não se deve fazer isso porque você 'acaba' com o carro e gasta uma fortuna. É melhor comprar um novo.

Tudo precisa ser adaptado e reconstruído no processo de blindagem. Portas, painéis, juntas e a área dos vidros são alargadas, por exemplo, para aplicar a blindagem. Desfazer esse procedimento é tão trabalhoso quanto reconstruir um carro do zero. Por isso, pode sair até mais caro do que construir.


Compre peças originais

Além de pagar caro pela desblindagem, quem quiser remover o sistema de proteção ainda vai precisar comprar peças originais do modelo para que a instalação seja (re)feita.

Isso significa que, antes de levar seu seminovo blindado para uma das lojas, você precisa passar na concessionária para comprar peças específicas, como painéis de portas (e, às vezes, a porta inteira), pneus, vidros originais e possivelmente até pedaços da lataria do automóvel. O processo de blindagem não foi feito para ser desfeito.


FONTE: WM1 - Webmotors

 



11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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