Posso blindar carro com teto solar?

11 de julho de 2023

Equipamento precisa ter o mesmo grau de proteção do restante do veículo; conheça as alternativas


Se o seu carro tem teto solar e você pretende blindá-lo, mas tem dúvidas se é possível, saiba que o serviço pode ser feito da mesma forma que em veículos que não trazem o equipamento, informa a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Mas existem algumas coisas que você precisa entender antes de optar pela proteção.

Qualquer tipo de teto solar, seja simples ou panorâmico, pode receber a blindagem. Se o equipamento tiver opção de abertura e fechamento, porém, essa funcionalidade será perdida em quase todos os casos, já que a espessura e o peso dos materiais usados quase nunca permitem que ela seja mantida. E também não é o indicado. Tanto que, pensando no cliente que pretende blindar o carro, muitas fabricantes deixaram de oferecer o equipamento como item de série para colocá-lo apenas na lista de opcionais.


Algumas blindagens mais antigas até mantinham a função de abertura intacta, já que eram aplicados materiais menos eficientes no local, fazendo com que o teto não tivesse o mesmo grau de proteção do restante do carro. Em quase todos os modelos, a altura dos mecanismos e a distância dos vidros no deslocamento impede que seja instalada uma peça grossa feita de policarbonato como no restante da área envidraçada. "O vidro de um teto normal tem cerca de 4 mm de espessura. Um blindado pode chegar a 22 mm. Por isso a abertura fica comprometida na grande maioria dos carros", explica Marcelo José da Silva, presidente da Abrablin.


Desde 2019, o Exército - que normatiza a blindagem no país - obriga que o nível balístico seja igual em todo o veículo para garantir a segurança dos ocupantes sem que haja algum ponto de vulnerabilidade. Ou seja, se a blindagem é IIIA, a mais comum por aqui (usada por 95% do mercado), o teto precisa ter o mesmo nível de proteção.

Atualmente existem dois tipos de blindagem para quem tem um carro com teto solar: com vidro blindado translúcido ou fechado com manta balística ou aço. A primeira opção é ideal para aqueles que não querem perder a transparência do equipamento, ou seja, mesmo que ele não possa ser movimentado, ainda é possível receber a luz natural dentro do veículo.

Já na segunda é feita aplicação de material opaco sobre o vidro original. Em alguns casos, com a manta balística (mais cara que o fechamento feito com aço, aliás), é possível manter a abertura. Isso porque o material pode ser aplicado na cortina móvel que cobre o teto solar, mantendo as propriedades originais. No teto panorâmico de vidro, por exemplo, essa já não é uma opção viável.

De qualquer forma, especialistas não recomendam essa alternativa. Afinal, a blindagem de um veículo (ainda mais com teto solar) é um processo técnico, complexo e tem como objetivo aumentar a segurança, então não faz sentido manter o teto aberto. "É claro que a pessoa precisa escolher o carro que gosta, mas se ela está pensando na própria segurança, deve cogitar optar por um modelo que seja mais apropriado para o processo de blindagem", finaliza Silva.

Além disso, o peso extra pode afetar ainda mais o centro de gravidade do veículo, já que um teto solar acrescenta até 40 kg a mais em uma blindagem (que pesa de 200 kg a 220 kg no total). Sem contar que pode reduzir a vida útil dos mecanismos elétricos para movimentar o equipamento.

Lembrando ainda que o serviço não é barato: se uma blindagem completa custa, aproximadamente, R$ 70 mil para um sedã médio e de R$ 80 mil para um SUV, com o teto solar esse preço sobe de R$ 6 mil a R$ 9 mil.


Fonte: AutoEsporte

11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
9 de setembro de 2025
Blindagem de veículos é fiscalizada pelo Exército e exige autorização antes do início do processo
4 de setembro de 2025
Nível mais usado é o que suporta disparos de pistola de até 9mm e revolveres 44 Magnum, considerada a maior arma de mão
Show More