Veículos antigos que foram blindados sem autorização do Exército, instituição
responsável por fiscalizar o setor, tiveram até o dia 18 de outubro de 2020 para
efetuar a regularização documental da proteção. O prazo foi estabelecido no
artigo 67 da Portaria nº 94-COLOG, de 16 de agosto de 2019, e valeu para
todos os automóveis que foram blindados sem a devida autorização em
qualquer momento no passado. Quem fez o alerta foi a Associação Brasileira de
Blindagem (Abrablin).
Passado o prazo, os veículos sem registro no Exército permanecerão
irregulares e podem, inclusive, ser apreendidos. Além disso, os proprietários
terão dificuldades na transferência desses veículos para terceiros. Isso, por
dois motivos: se no documento constar a palavra blindado, o Detran vai exigir a
declaração definitiva, algo que o dono do veículo não terá. Ou ainda, caso o
documento não conste a palavra blindado, o proprietário não poderá transferir o
automóvel como blindado, o que acarretará em problemas para quem o mesmo
está sendo transferido

No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança. FONTE: ABRABLIN