Quanto custa a blindagem de um carro? Veja preços das mais baratas

18 de junho de 2024

Reforço estrutural pode fazer o valor do carro dobrar; saiba os detalhes


Você sabia que o Brasil tem a maior frota de carros blindados do mundo? Segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), quase 30 mil veículos receberam proteção balística apenas em 2023. Porém, ainda não se trata de um serviço acessível. Portanto, qual será o valor mínimo que alguém deve desembolsar para blindar um carro? Autoesporte consultou especialistas da área para chegar a uma resposta.



Quanto custa?

O motorista interessando em blindar um carro com o nível mais simples de proteção, chamada de I-A, irá desembolsar entre R$ 50 mil e R$ 55 mil. A resistência balística, entretanto, suporta apenas armamentos com calibres entre 22 e 38 mm, conforme a tabela divulgada pelo Exército Brasileiro.


Existem três níveis de blindagem disponíveis para uso civil. Confira abaixo os níveis de proteção balística:


Blindagem de veículos


                 Nível de blindagem                                                      Proteção                                                    Uso

    I-A_____________________Armas de fogo com calibres entre 22 e 38_______Civil

 

   II-A_____________________Pistolas 9 mm e revólveres Magnum 375________Civil

 

   III-A_____________________Revólveres Magnum 44 e submetralhadoras Uzi___Civil


   III_______________________Fuzis  AK-47, AR-15, FAL, G36, G3, entre outros ____Restrito

 

   IV_______________________Metralhadoras 338 Lapua Magnum e granadas____Proibido para civis

 

   V_______________________Metralhadoras .50 BMG____________________Proibido para civis

 

 Fonte: Exército Brasileiro


No estado de São Paulo, onde mais de 100 blindadoras operam, o motorista terá de gastar em torno de R$ 90 mil para reforçar a estrutura de um carro popular em nível III-A. Este é o tipo de proteção mais buscado no Brasil, segundo Mário Brandizzi Neto, sócio-proprietário da BSS Serviços de Blindagem.

 

Este é o valor de um Hyundai HB20 Platinum. Portanto, para blindar o hatch coreano em nível III-A, o proprietário terá de desembolsar o mesmo preço pelo serviço. Isso fará o valor final do veículo dobrar.


Se for um carro elétrico, como o BYD Dolphin, o valor da blindagem pode chegar a R$ 140 mil. Isso porque as oficinas precisam de mão de obra especializada, equipamentos de ponta e protocolos de segurança rígidos, de acordo com Nelson Fernando da Silva, consultor pós-graduado em Engenharia de Veículos Elétricos.

 

Como funciona a blindagem?

“O serviço de blindagem é regulado pelo exército. As empresas precisam ter autorização das forças armadas para operar no ramo, uma vez que manuseamos produtos balísticos”, explicou Fabiano Cruz, diretor comercial da BSS.

A Abrablin declara que 95% dos carros blindados do Brasil têm proteção de nível III-A, a mais resistente autorizada para uso civil geral. No caso da blindagem de nível III, ainda mais impenetrável, será necessária uma autorização especial do exército antes de dar início ao procedimento. Já os níveis IV são proibidos para civis, em quaisquer circunstâncias.


Veja o passo a passo para solicitar a blindagem

O motorista interessado em blindar um carro deve procurar uma empresa licenciada para dar entrada na autorização junto às forças armadas e ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Após a aprovação, o serviço começa. 

O veículo será encaminhado para o início da aplicação dos reforços estruturais. A primeira etapa é a desmontagem, onde partes da carroceria e do interior, como vidros, forros, painéis e bancos, serão removidas.

 

Depois, as blindadoras instalam manta de aramida (também chamada de Kevlar) em toda a estrutura da lataria. Trata-se de uma fibra sintética de alta resistência, capaz de proteger contra cortes e perfurações, usada em coletes à prova de balas. Em regiões frágeis, como maçanetas e fechaduras, a blindadora poderá utilizar aço balístico.

Por conta dos materiais, a blindagem vai aumentar em torno de 150 kg do peso total do veículo. “É como dirigir com duas pessoas a mais na cabine, o tempo todo”, disse Mário Brandizzi.

 

O processo seguinte consiste na instalação dos vidros, que podem chegar a 20 mm de espessura para aguentar tiros de submetralhadoras. O mesmo procedimento funciona para os teto-solares, sejam eles individuais ou panorâmicos — mas isso acabará elevando o custo total com materiais e mão de obra.

Por fim, o veículo será remontado, higienizado e submetido a testes de qualidade. O proprietário terá de solicitar um novo Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV-e) antes de retirá-lo na oficina.


FONTE: AUTOESPORTE

 

 



11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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