Blindadoras e IQA criam selo de qualidade contra blindagem ‘pirata’

16 de maio de 2024

Certificação de blindagem estabelece segurança ao consumidor, mas exige associação à Abrablin por parte das blindadoras; entenda as regras


O Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) e o setor de blindagem brasileiro anunciam a criação de uma nova certificação para veículos blindados no Brasil. O selo, chamado de “Certificação de Blindadoras IQA”, exige critérios de atuação para as oficinas e empresas do setor. Assim, dificulta a operação das empresas que não seguem as diretrizes e não são afiliadas à Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin).


Portanto, a certificação é restrita às associadas, o que exclui oficinas não credenciadas. Com isso, o selo pretende dificultar a “blindagem pirata”, ou seja, fora dos padrões de qualidade e segurança estabelecidos. A chancela promete também elevar a qualidade do serviço, é o que diz Marcelo Silva, presidente da Abrablin: “Isso certamente deixará o consumidor mais seguro e confiante de que está fazendo uma boa escolha”, enfatiza.


Blindagem nível III-A é a mais comum no Brasil

Conforme a Abrablin, a blindagem de nível III-A representa 90% dos pedidos por oferecer proteção contra armas curtas, como pistolas e revólveres. Esse nível tem reconhecimento internacional por seu padrão elevado de proteção. Aliás, a certificação do IQA não muda o grau de proteção oferecido no processo de blindagem o veículo. Dessa forma, é uma garantia de excelência nos serviços da empresa credenciada.


Oficinas com selo passarão por auditoria

A auditoria das blindadoras já começou em dez oficinas, e três delas já receberam o selo, informa Silva. “A maioria está em São Paulo e Grande São Paulo, principalmente porque o maior mercado está aqui, e uma fica no Rio de Janeiro”. Atualmente, estima-se que a frota de blindados no Brasil seja de aproximadamente 340 mil carros. Deste total, 85% está no Estado de São Paulo.

O Rio de Janeiro aparece em seguida no mercado de blindagem, com 6,6% dos veículos com proteção balística. No último ano, foram realizadas 29.296 novas blindagens no País, ou seja, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior, de 2022. Esse aumento estabelece um novo recorde desde que os dados ganharam registro, em 1995.


Blindagem leva de 30 a 60 dias

O processo de blindagem de um veículo é complexo e requer a desmontagem e remontagem. Esse procedimento pode levar de 30 a 60 dias e o peso do carro pode aumentar em até 200 kg. O selo da Abrablin e da IQA traz uma garantia de qualidade, mas não é obrigatório e não substitui o Certificado de Registro (CR) e os testes balísticos. Estes são conduzidos pelo Exército Brasileiro, que regulamenta e fiscaliza o setor de blindagem no Brasil.





Fonte: Jornal do carro


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No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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