Blindagem de carros resiste a quais tipos de armas?

20 de julho de 2023

Mercado brasileiro oferece níveis de blindagem, que podem salvar o motorista até de tiros de fuzis


Se você está perplexo com as cenas de um Porsche sendo baleado diversas vezes em São Paulo no final do ano passado, deve ter percebido como a blindagem cumpriu perfeitamente o seu papel, permitindo ao motorista escapar ileso.

Porém, dependendo do tipo de armamento utilizado durante o crime, e do nível de proteção do veículo, o interior do veículo poderia ter sido facilmente atingido.

Isso porque o mercado brasileiro oferece cinco níveis de blindagem. Portanto, quanto mais alto o nível, maior a sua resistência balística - podendo resistir até a fuzis e submetralhadoras.

O nível I de blindagem oferece proteção às armas de calibre .22 a .38, como alguns tipos de pistolas e revólveres de potência similar, além de resistir à ataques com pedras e ferros.

Menos oferecidos entre as blindadoras, os níveis II e II-A fornecem resistência a projéteis de pistola de 9 mm e revólver .357 Magnum. O que difere entre as duas é a que blindagem do nível II oferece proteção à balas de maior alcance - que podem percorrer até 425 metros em 15 segundos.

Por sua vez, a blindagem mais procurada no mercado é a de nível III-A, que garante proteção contra disparos de armas de mão, bem como revólveres .44 Magnum e até submetralhadoras de 9 mm. Essa é a que oferece nível máximo de segurança contra disparos oferecida para civis.

A proteção de nível III requer uma autorização especial do Exército para ser instalada do veículo e consegue suportar tiros de calibre 7.62 e de fuzis FAL, AR-15 ou AK-47.

Proibida no Brasil, há ainda a blindagem de nível IV, que garante proteção às armas de uso militar, como granadas e metralhadoras de calibre 12.7 mm.

Como escolher a blindagem do seu carro:

O que o motorista deve fazer?

“Procurar uma blindadora idônea de responsabilidade, que tenha autorizações e licenças”

De acordo com Marcelo Silva, presidente da Abrablin, Associação Brasileira de Blindagem, "a blindadora deverá apresentar junto ao exército o CRLV, RG do proprietário e declaração de idoneidade para solicitar a procedimento no veículo. Então, o exército emite a autorização para o serviço. Assim que a blindagem foi feita, a blindadora informa ao exército dos materiais que foram aplicados, nota fiscal, etc, e o exército emite uma declaração de blindagem. Com essa declaração em mãos, cabe ao proprietário regularizar apresentar o documento e regularizar a situação no Detran, por meio de vistoria e da emissão de um novo CRV".

Que tipo de veículo pode ser blindado?

Uma vez que o motorista já esteja autorizado a blindar seu carro, é necessário checar se vale a pena colocar seu veículo pelo processo. Marcelo reforça que a maioria dos modelos pode ser blindado, mas carros com motorização 1.0 não compensam o ganho de peso. Além disso, veículos conversíveis não são blindados.

Qual é o custo para blindar?

Pode custar de R$ 40 mil a R$ 90 mil, dependendo do carro e do tipo de blindagem escolhida.

Quando é feita a manutenção de um carro blindado?

Depois de 10 mil km rodados, o veículo deve passar por uma revisão na blindagem.

O consumo de combustível aumenta?

Muito se fala sobre os impactos que o aumento do peso do carro pode gerar, como gasto maior de combustível e desgaste das peças. Segundo Marcelo Ramos, a blindagem de um veículo adiciona cerca de 180 à 200 kg ao veículo, mas a tecnologia de blindagem hoje é mais avançada e não faz com que ele seja muito prejudicado.

“Você pode imaginar como se estivesse colocando dois adultos a mais dentro do carro, em todos os trajetos que ele irá fazer”, explica. Sendo assim, o desgaste das peças pode ser um pouco antecipado.

Blindagem bate recordes no país

De acordo com a Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem), quase 16 mil carros passaram pelo processo em 2022. Os maiores volumes de blindagem se concentram em São Paulo, com 10.578 veículos, Rio de Janeiro (1.693), Minas Gerais (741), Rio Grande do Sul (678) e Ceará (457).

No ano passado, mais de 20 mil veículos passaram por algum processo de blindagem, número recorde no setor. No total, a Abrablin estima pelo menos 300 mil carros com a proteção no Brasil.


Fonte: Auto Esporte





29 de julho de 2025
Blindagens automotivas crescem com a criminalidade, impulsionando recorde no Brasil em 2025. 
24 de julho de 2025
Crescimento de 11,5% reflete cultura de segurança e avanços na tecnologia de proteção automotiva.
22 de julho de 2025
De acordo com Romulo dos Santos Gonçalves, CEO da RM Rental, empresa do setor de aluguel de carros blindados, a blindagem automotiva tem se tornado uma solução cada vez mais buscada por aqueles que desejam aumentar sua segurança no trânsito. Com o avanço das tecnologias, o setor de blindagem automotiva tem visto mudanças significativas, tanto em termos de materiais quanto de processos. Este artigo explora como as novas tecnologias estão influenciando os custos de blindagem, oferecendo um panorama sobre a eficiência e a acessibilidade desses serviços. Como os novos materiais afetam os custos de blindagem? Os avanços em materiais têm desempenhado um papel crucial na transformação da blindagem automotiva. Tradicionalmente, os veículos blindados utilizavam aço balístico pesado, o que aumentava significativamente o peso do carro e, consequentemente, seu consumo de combustível. Com o desenvolvimento de materiais mais leves, como os polímeros e as fibras de aramida, a eficiência do veículo é melhorada, reduzindo os custos operacionais a longo prazo. Além disso, esses novos materiais não apenas oferecem a mesma ou até maior proteção que os materiais tradicionais, mas também são mais fáceis de trabalhar, o que reduz o tempo de instalação. Segundo pontua o empresário Romulo dos Santos Gonçalves, o resultado é uma diminuição nos custos de mão de obra e, por extensão, no custo total da blindagem. A inovação em materiais também permite que o processo de blindagem seja mais sustentável e menos agressivo ao meio ambiente. Quais tecnologias de produção estão reduzindo os custos? A automação e a digitalização dos processos de produção têm sido grandes aliadas na redução dos custos de blindagem automotiva. Máquinas de corte a laser e impressão 3D, por exemplo, permitem a fabricação de peças com precisão milimétrica, minimizando o desperdício de material e reduzindo o tempo de produção. Essas tecnologias aumentam a eficiência do processo e, como consequência, reduzem os custos operacionais, como ressalta o CEO Romulo dos Santos Gonçalves. Além disso, o uso de softwares avançados de design e simulação permite que os engenheiros criem modelos digitais detalhados do veículo blindado antes mesmo de iniciar a produção. Isso possibilita a identificação de possíveis falhas e a otimização do projeto, evitando retrabalhos e desperdícios, que são fatores significativos no custo final. Como as tecnologias de monitoramento e manutenção influenciam os custos? As tecnologias de monitoramento e manutenção preditiva têm revolucionado a forma como a blindagem automotiva é gerida ao longo de seu ciclo de vida. Outra inovação importante é o uso de dados e análise avançada para otimizar a manutenção. Sistemas de telemetria fornecem informações detalhadas sobre o desempenho e o estado dos veículos blindados, permitindo que as intervenções sejam feitas de forma mais precisa e eficiente. Essa abordagem baseada em dados não só reduz os custos de manutenção, mas também aumenta a confiabilidade e a segurança dos veículos, como enfatiza Romulo dos Santos Gonçalves, empresário entendedor do assunto. Conclusão O impacto das novas tecnologias no custo da blindagem automotiva é significativo e multifacetado. Desde a utilização de materiais avançados e técnicas de produção automatizadas até o monitoramento inteligente e manutenção preditiva, cada inovação contribui para tornar a blindagem mais eficiente e acessível. A adoção dessas tecnologias promete não apenas reduzir os custos, mas também melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços de blindagem automotiva. Fonte Jornal a Verdade
Show More