Blindagem de veículos segue em alta no Brasil e ultrapassa 22 mil unidades no primeiro semestre de 2025

24 de julho de 2025

Crescimento de 11,5% reflete cultura de segurança e avanços na tecnologia de proteção automotiva.

Com um crescimento de 11,5% no primeiro semestre de 2025, o setor de blindagem automotiva no Brasil alcançou a marca de 22.425 veículos protegidos nos seis primeiros meses do ano. Os dados são da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), com base nas autorizações emitidas pelo Exército Brasileiro, órgão regulador da atividade.


O levantamento da Abrablin aponta que o país se aproxima de uma frota total de 425 mil veículos blindados em circulação, consolidando-se como um dos maiores mercados do mundo neste segmento. O avanço é atribuído a fatores como o aumento da percepção de insegurança, o aprimoramento técnico da indústria nacional e a redução de custos operacionais, que tornam a blindagem mais acessível ao consumidor.


“Esse aumento constante em um mercado já consolidado tem origem na inovação tecnológica da indústria brasileira, que é referência mundial. A certificação dos processos, a qualidade dos materiais empregados e a própria cultura de segurança do brasileiro colaboram diretamente com esse crescimento”, analisa Marcelo Silva, presidente da Abrablin.


São Paulo lidera; Rio de Janeiro amplia demanda por blindagem de nível III

Como tradicionalmente ocorre, o estado de São Paulo lidera com folga, com 18.898 veículos blindados no período, seguido por Rio de Janeiro (1.767)Ceará (641)Pernambuco (519) e Rio Grande do Sul (259). Mas chama a atenção o aumento expressivo da procura por blindagem nível III — que oferece resistência a tiros de fuzis —, principalmente no Rio de Janeiro.


“A maioria das blindagens no Brasil ainda é de nível III-A, que protege contra pistolas 9 mm e revólveres calibre .44 Magnum. Mas, diante da sofisticação do armamento em mãos do crime organizado, principalmente em áreas conflagradas como o Rio, temos observado a ampliação da procura por nível III, que resiste a disparos de fuzis FAL, por exemplo”, explica Fábio Rovêdo de Mello, diretor da Concept Be Safe e presidente da Câmara de Blindadores da Abrablin.


Segundo a entidade, 25 veículos receberam blindagem de nível III no primeiro semestre, a maioria deles no estado do Rio de Janeiro, com exigência de autorização especial do Exército para sua execução, por se tratar de material controlado.


Proteção reforçada para forças de segurança pública

Outro destaque do relatório da Abrablin é o crescimento significativo da blindagem de veículos destinados às forças de segurança (OSOP – Órgãos de Segurança e Ordem Pública). Se em todo o ano de 2023 foram 1.518 unidades protegidas, e em 2024 o número subiu para 1.960, em apenas seis meses de 2025 já foram registrados 2.618 blindagens para este segmento — um crescimento de quase 35%.


“A blindagem se consolidou como um instrumento fundamental para proteger a integridade dos agentes de segurança pública. O aumento da adoção por parte dos governos estaduais e municipais reforça a eficiência da proteção balística nos confrontos urbanos”, destaca Marcelo Silva.


Evolução técnica e valorização do mercado

Nos últimos anos, a blindagem automotiva passou por um importante processo de inovação tecnológica, com novos materiais como aramida, vidros multicamadas mais leves e estruturas balísticas integradas ao design do carro. Isso permitiu reduzir o peso da blindagem, minimizar impactos no desempenho dos veículos e ampliar a durabilidade dos sistemas.


Além disso, empresas especializadas têm investido em acabamento refinado, integração eletrônica, e serviços de manutenção preventiva para garantir que a proteção seja eficaz ao longo dos anos. Esse conjunto de fatores tem contribuído para a valorização do mercado e o crescimento da confiança do consumidor.


  • Blindagem nível III-A: Proteção balística contra armas de fogo curtas, como pistolas 9 mm e revólveres Magnum .44. É o nível mais utilizado em  veículos civis no Brasil.

  • Blindagem nível III: Suporta disparos de fuzis como FAL e M16. Exige autorização especial do Exército por se tratar de material de uso controlado.

  • Vidros balísticos multicamadas: Estruturas compostas por camadas de vidro e policarbonato que absorvem e dispersam a energia dos projéteis, mantendo a integridade do habitáculo.

  • Certificação balística: Conjunto de testes e validações técnicas que garantem que o material cumpre os requisitos de proteção balística definidos pelas normas nacionais e internacionais.

 

FONTE: Mecanica Online

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