Como registrar e fazer a transferência de carro blindado

11 de junho de 2024

Mudanças na legislação tornaram mais simples o processo de registro, licenciamento e transferência de carro blindado; confira a seguir.


Até pouco tempo atrás, o processo de posse e venda de um carro blindado exigia a autorização do Exército Brasileiro. Mas isso mudou em abril de 2021, quando entrou em vigor a Lei nº 14.071/2020, que modificou vários pontos do CTB (Código de Trânsito Brasileiro).


Até a mudança no CTB, havia a exigência de uma autorização prévia do Exército Brasileiro obrigando pessoas físicas e jurídicas a fazer um processo burocrático que começava pelo registro do veículo e pedido de autorização para possuir e utilizar um carro blindado. Esse certificado tinha validade curta, de apenas três anos, e devia ser renovado por aqueles que compravam um blindado usado.


Para solicitar, o proprietário tinha que realizar um cadastro na Região Militar e agendar uma data disponível para entrega do Requerimento para Certificado de Registro e de outros documentos (Identidade ou Contrato Social, comprovante de endereço e certidões negativas de antecedentes criminais das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral).

E claro, era preciso emitir a Guia de Recolhimento da União (GRU) e pagar um valor do referido documento. Com a Declaração de Blindagem em mãos, o próximo passo era solicitar a regularização do seu carro blindado junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).


Como ficou?

Sem a necessidade da autorização do Exército para o licenciamento e venda do carro, as única exigências que permaneceram em termos de documentação são a autorização prévia para o caso de instalação da blindagem ou retirada da proteção balística.

Por se tratar de uma modificação técnica no carro, o processo de legalização das mudanças ainda exige a emissão do CSV (Certificado de Segurança Veicular).

Por meio de uma vistoria, uma empresa credenciada pelo Detran irá avaliar pontos como o número do chassi e motor, além de atestar que as modificações foram feitas dentro do que manda a legislação.


Como funciona a blindagem veicular

No Brasil, a blindagem mais resistente liberada para uso civil é a nível III, que resiste a tiros de fuzil. Mas ela depende de uma autorização especial do Exército.

Por conta disso, o padrão do mercado é a III-A, que oferece proteção contra disparos de armas com munição de 9 mm ou Magnum .44. Para realizar a blindagem, é necessário o uso de aços especiais, vidros e polímeros de alta resistência.

 

FONTE: IntaCarros

11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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