Como surgiu a blindagem automotiva?

André de Angelo • 3 de dezembro de 2020

A blindagem automotiva Brasil lidera frota de veículos blindados desde 2017.

No Brasil, a blindagem automotiva Brasil lidera frota de veículos blindados desde 2017 e vem se mostrando a maior alternativa para os que desejam ficar protegidos da violência urbana. Em 2017 o país passou a liderar a lista das regiões com a maior frota de veículos blindados, segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin).

A blindagem forma um tipo de “armadura” que reveste o automóvel e o protege de projéteis disparados por armas de fogo. Essa proteção evita que as balas alcancem o interior do veículo e os seus ocupantes.
Para a blindagem dos vidros é aplicado um componente semelhante a uma pasta plástica, e a sua grossura é relacionada ao calibre da arma que a blindagem suporta especificamente.
Mesmo que atualmente a blindagem seja usada para proteger os veículos de civis, a sua criação não foi pensada nisso.

Inicialmente, a blindagem automotiva foi uma invenção de uso totalmente militar, no entanto, por conta da violência urbana principalmente de lugares como Brasil, México e Colômbia, passou a ser permitida para o uso civil.

Como surgiu a blindagem automotiva?
Com a aceitação da blindagem automotiva para uso civil e a aparição das empresas especializadas em blindagem, em 1999 o exército das Forças Armadas do Brasil adicionou ao regulamento uma permissão.
A partir daquele momento, a blindagem automotiva passou a ser comercializada como um produto controlado no Brasil.
Isso significa que as empresas podiam comercializar desde que tivessem as devidas permissões dos fabricantes de vidro e manta balística, assim como a emissão de um certificado de registro para o setor.
Depois disso, os carros de passeio foram regulamentados e receberam permissão para que fosse realizada a blindagem em veículos de civis.

Quais os tipos de blindagem existentes?
Para se utilizar a blindagem automotiva como civil, são estabelecidas leis que variam de um país para o outro. Essa classificação de nível permitido ou proibido vem dos testes que medem a resistência da blindagem ao receber o impacto do projétil disparado.
Para isso, é considerado o calibre da arma, tipo de projétil, peso do disparo, a quantidade de tiros e a velocidade da munição.
Os níveis são separados como: 1,2-A, 2, 3-A, 3 e 4. Até o nível 3-A, que é o tipo resistente a tiros de até uma submetralhadora 9mm, o uso é permitido aos civis.
Acima dele, somente com autorização do Exército Brasileiro é possível utilizar, e não é aceitável para uso civil como uma medida de segurança.


*Esse artigo foi escrito por André de Angelo, criador de conteúdo do Soluções Industriais.


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No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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