É possível blindar um carro elétrico?

28 de março de 2024


Arquitetura elétrica e presença das baterias demandam ajustes na aplicação da proteção balística.




Sim, mas são precisos cuidados extras na hora de aplicar a proteção. Por outro lado, algumas características dos materiais usados na blindagem podem até beneficiar o veículo elétrico. A proteção, inclusive, já está sendo aplicada nesses carros no Brasil: a Stuttgart, que tem uma rede de concessionárias Porsche, vende o Taycan com proteção à prova de balas feita pela empresa BSS.

"O mais importante é que o sistema de alta tensão deve ser desligado antes de começar o desmonte da cabine, necessário para colocação da blindagem", explica Marcelo Fonseca, líder de vendas para a América Latina da DuPont. A multinacional detém a patente do Kevlar, nome comercial da poliamida aromática, um dos materiais mais importantes na blindagem do veículo.

Essa desativação geralmente é feita pela concessionária antes da entrega do carro à blindadora, mas o processo também pode ser feito pela empresa que irá aplicar a proteção balística. Esta etapa adicional, porém, aumenta o custo da blindagem e inclui um pequeno dificultador: como o carro não pode mais ser ligado, seu deslocamento durante a colocação das proteções passa a ser feito sobre pequenos suportes com rodas, com funcionários empurrando a carroceria na linha de montagem.

Um ponto crítico nos elétricos e híbridos é a condutividade da carroceria, mas neste ponto a blindagem é até benéfica. "O Kevlar não conduz eletricidade, e também é usado como isolante em algumas aplicações", continua Fonseca. A proteção balística adiciona outra vantagem aos carros: ela é autoretardante de chamas, ou seja, o fogo não consegue se propagar pelo material se não houver outro combustível para alimentá-lo.

Essa característica é especialmente útil considerando que o fogo nas baterias de íon-lítio é extremamente perigoso e de difícil controle. Mas os acumuladores de energia não recebem proteção especial nas blindagens mais comuns. "As baterias normalmente ficam no assoalho do carro, onde não é aplicada proteção. Esse tipo de blindagem é mais comum em outros mercados, como México e Oriente Médio, onde existem proteções específicas para minas e granadas", conclui Fonseca.

Fora o processo de desligamento e religamento do carro antes e depois da blindagem, o processo em si pouco difere de veículos convencionais. Há apenas um cuidado redobrado com a questão do peso, já que os vidros, chapas e mantas de proteção podem adicionar mais de 200 kg à massa do carro — que naturalmente já é maior em um modelo elétrico.



FONTE: AUTO ESPORTE

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