Híbridos e elétricos também podem receber blindagem

30 de abril de 2024

Diferenças técnicas entre carros eletrificados e tradicionais demandam atenção especial de blindadoras



Blindagem dos híbridos e elétricos exige ainda mais cuidado, já que há mais cabos e sistemas eletrônicos

O mercado de veículos híbridos e elétricos ainda é majoritariamente voltado para um público de alto poder aquisitivo, então é até natural para os compradores destes veículos utilizar blindagem para ter uma segurança a mais dentro de seu carro, mas será possível blindar um veículo eletrificado?

Sim, apesar de existir diferenças entre modelos eletrificados e movidos a combustão, todos podem ser blindados , porém é necessário que a empresa que irá realizar a blindagem fique atenta a alguns pontos, como afirma Olavo Ehmke, sócio-diretor da Auto bunkers Defense.

Conforme o executivo, "muitas vezes o veículo híbrido ou elétrico tem motores em mais de uma posição. Há veículos que têm motor no compartimento do capô e outro no porta-malas. Assim acontece também com as baterias . Isso faz com que haja mais cabos e chicotes elétricos distribuídos pelo veículo e esta situação exige maior cuidado durante a blindagem, além de um projeto de balística exclusiva”, explica ele.

Ainda segundo o especialista, híbridos e elétricos não podem receber soldas ou processos que causem descargas elétricas no carro, fazendo com que o trabalho necessite além de profissionais especializados, uma estrutura diferenciada.

Ehmke também diz que, "inclusive, os veículos híbridos e elétricos devem permanecer isolados do solo com o uso de cavaletes de plástico ou borracha. Nestes veículos utilizamos a blindagem Aramid Gold que é uma tecnologia exclusiva de uma blindagem executada em manta aramida e dispensa peças em aço”, conclui ele.

Também é preciso ter mais atenção na blindagem de híbridos e elétricos para não provocar descargas de energia

Quando se fala em blindagem e carros elétricos e híbridos, muito se pensa em peso, seja o da própria blindagem e principalmente das baterias. Para efeito de comparação, um dos líderes do segmento de híbridos no Brasil, o Toyota Corolla , é 35kg mais pesado que a versão à combustão equivalente.

Nos modelos elétricos, o peso aumenta 346 kg no caso do Volvo XC40 , que era vendido com motor 2.0 a gasolina em 2021 e atualmente só é ofertado na variante 100% elétrica. Apesar dos motores elétricos serem mais simples e mais leves, esse peso a mais vem das baterias, que geralmente, ficam no assoalho do carro, para diminuir o centro de gravidade do veículo.

No caso da blindagem, Olavo diz que o aumento de peso é de 145 kg em veículos sedans e entre 165 e 195 no caso de SUVs , e que a autonomia dos veículos é reduzida entre 4 e 6%. Segundo o especialista o peso poderia ser ainda maior, se não fosse a tecnologia Aramid, que é em média 50 kg mais leve que a convencional.

O executivo diz que os eletrificados já representam 8% do mercado de veículos blindados, e conforme eles se popularizam, a tendência é aumentar essa participação no mercado. O especialista ainda afirma que os modelos mais procurados para blindar são os da Toyota , Volvo e BMW , e a procura é lógica, devido ao sucesso dessas fabricantes no mercado de eletrificados no Brasil.

A tendência é que os modelos eletrificados ampliem sua participação no mercado, já que cada vez mais as marcas de luxo passam a oferecer apenas versões híbridas e elétricas de seus modelos e as montadoras “comuns” também irão oferecer estes veículos.




FONTE: CARROS IG.COM



11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
9 de setembro de 2025
Blindagem de veículos é fiscalizada pelo Exército e exige autorização antes do início do processo
4 de setembro de 2025
Nível mais usado é o que suporta disparos de pistola de até 9mm e revolveres 44 Magnum, considerada a maior arma de mão
Show More