O manual para dirigir e manter um carro blindado

11 de abril de 2024

Alteração de dirigibilidade pelo peso extra e vidros mais sensíveis são situações com as quais o dono de blindado deve lidar .

Uma blindagem adiciona hoje entre 150 kg (sedã médio) e 250 kg (SUV grande). É algo como dois ou três adultos, o que cria a sensação de dirigir um veículo que está sempre carregado. Por isso, um blindado demanda muito mais atenção na direção do dia a dia. Suas reações são mais lentas e devem ser mais estudadas. 


Por exemplo, exigem maior espaço para frear, o que obriga o motorista a dirigir mais distante do carro à frente. Na curva, um veículo alto, como o SUV, tende a apresentar inclinação excessiva, por causa do aumento de peso no alto (nos vidros). 


O uso do blindado requer ainda a mudança de hábitos que parecem banais. É comum o dono se esquecer de travar as portas ou andar com janela ou teto solar aberto, o que anula todo o sistema defensivo proporcionado pela blindagem. 


Há ainda cuidados que prolongam sua vida útil, como não bater a porta com a janela aberta: o vidro pode rachar se não estiver todo apoiado no batente. Também não se deve deixar a porta aberta mais que o tempo de entrar e sair, pois o peso extra pode empená-la. E os vidros só podem ser acionados com o motor ligado, para não sobrecarregar o sistema. 


Também para preservá-los, evite deixar o veículo ao sol por longos períodos e, caso ocorra, não jogue água, pois o choque térmico pode trincá-los. Ao entrar na cabine, não direcione o ar-condicionado diretamente para os vidros, pois há o risco de delaminação – quando a camada plástica interna se descola do vidro. 


No trânsito, opte pelas pistas laterais, onde a chance de evasão é maior. Nos semáforos, tente deixar 5 metros do veículo da frente – num ataque, haverá espaço para manobrar e estudar como abrir caminho. É também por causa da facilidade de superar obstáculos que muitos acabam preferindo um carro alto como o SUV. 


Tais fatos mostram a importância de fazer um curso de direção defensiva ou específico para blindados. Ele ensinará a escapar sob o ataque de tiros (são usadas armas de paintball), para simular a condição de estresse do assalto, além de técnicas de controle do veículo em fugas e até condicionar o dono a não abrir a porta sob a pressão de uma arma, o que ocorre na prática com muitos motoristas dentro de um blindado. 



FONTE: QUATRO RODAS





11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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