Onda de assaltos a motoristas faz multiplicar buscas por proteção de carros.

6 de fevereiro de 2024

"Gangue da pedrada", assaltos a carros em movimento da Radial Leste. Não faltam exemplos de violência a motoristas, e a sensação de insegurança nas ruas de várias cidades do país mantém em alta a demanda pela blindagem de carros.

De janeiro a junho de 2023, último período analisado, foram blindados 13.936 veículos, número quase 20% maior do que o mesmo período de 2022 (11.710 blindagens automotivas), de acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin).


O estado de São Paulo, que também tem a maior frota de veículos do país, foi responsável pela maioria esmagadora das blindagens realizadas, com 11.810 veículos protegidos, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (834), Ceará (521), Pernambuco (313) e Rio Grande do Sul (220).


"Diariamente, os veículos de imprensa noticiam as ações cada vez mais violentas e ousadas dos criminosos. Em São Paulo, por exemplo, temos observado o crescimento espantoso dos roubos de celulares, quando os bandidos quebram o vidro do carro para cometerem o delito. Esse cenário de fato cria um ambiente de completo medo e quem tem recursos vem buscando na blindagem a proteção", destaca Marcelo Silva, presidente da Abrablin.


De acordo com a associação, o segmento vem batendo recorde ano após ano. Em 2021, chegou a ultrapassar 20 mil blindagens no período. Em 2022, bateu um novo recorde com a blindagem de 25.916 veículos.


"Para 2023, caso o número de pedidos se mantenha aquecido como foi neste primeiro semestre, devemos observar um novo ápice de blindados no país", diz Silva. A Abrablin estima que a frota blindada no Brasil esteja em cerca de 325 mil carros.

O aumento da procura não significa que a proteção extra está mais acessível, pelo contrário, o custo do serviço inicia em R$ 65 mil, e depende do tamanho do veículo. A proteção mais praticada é a de nível III-A, que garante proteção contra todos os tipos de armas curtas (pistolas e revólveres).


As marcas dos modelos mais procurados para blindagem, segundo a Abrablin, são Toyota, Jeep, Volkswagen, BMW e Volvo, com destaque para SW4 e Commander, dois carros tipicamente usados por famílias.


Busca por usados blindados


Assim como a procura por proteção, o desejo por usados blindados também está em alta. O problema é que no universo de 325 mil carros não é tão simples encontrar modelos em bom estado de conservação disponíveis.


O especialista em carros de luxo Paulo Korn, da Car Chase, explica que esses veículos são a bola da vez: todo mundo quer, há poucos disponíveis e quando são colocados à venda saem logo. "A principal razão é o custo. Comprando um blindado usado você consegue minimizar o dispêndio total, porque ele já vem depreciado em comparação com o novo", avalia.


Um veículo blindado pesa, no mínimo, 130 kg a mais, podendo chegar a mais de 500 kg, dependendo do modelo e do tipo de proteção. Isso significa que ele precisará de mais atenção à manutenção dos itens de desgaste, como pneus, pastilhas e discos de freio, amortecedores e outros itens de suspensão.


"Comprando usado, por um lado, você ganha a blindagem. Por outro, gasta um pouco mais com a manutenção. Também é importante verificar o tratamento que o antigo dono deu a esse veículo, se fez as manutenções corretas, exigidas pelo peso extra que o carro carrega. Outro cuidado é conferir se o carro está regularizado no Detran e no Exército Brasileiro, como todos os blindados devem estar", orienta Cláudio Marmo Conte, diretor comercial da BSS Blindagens.


Também é preciso ter em mente que, com o passar do tempo, a blindagem pode sofrer delaminação, que é um processo de descolamento das lâminas de vidro cristal float ou do policarbonato que compõem o pacote balístico do vidro blindado. Segundo Marmo Conte, isso não interfere no desempenho da proteção em relação à balística, mas prejudica a visibilidade do motorista, podendo causar acidentes.



Em geral, a blindagem precisa ser reavaliada a cada oito ou 10 anos. Em alguns casos, é necessário trocar os vidros, o que pode sair bem caro. É exatamente por esse motivo que os blindados com muitos anos de uso podem ser até mais baratos do que um modelo do mesmo ano sem a proteção extra.



FONTE: uol.com


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No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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