Películas antivandalismo são eficientes, mas não como um vidro blindado

30 de janeiro de 2024

Item de segurança pode ser boa proteção para quem passa horas no trânsito ou estaciona o carro na rua


A abordagem pode ser violenta: retido no trânsito parado, o motorista pode ser surpreendido pelo vidro estilhaçado. Em segundos, carteira, celular e algum outro objeto são levados pelo assaltante.

A película antivandalismo é uma alternativa para quem deseja alguma proteção. Não oferece a mesma proteção de uma blindagem, mas custa muito menos".

A película é composta de lâminas de poliéster que aumentam a resistência do vidro em casos de tentativa de violação ou de colisão do automóvel.

“É um investimento em segurança que você coloca no seu carro contra ladrões que tentam estourar o vidro. Existem três tipos: PS4, PS8 e PS12. Quanto maior o número, mais espesso e maior o nível de proteção”, diz Wellington Alves, gerente da Curinga Sound, localizada no centro de São Paulo.

O filme pode ser translúcido, tonalizado ou escurecido. Só é preciso ficar atento às novas regras para utilização de insulfilm e película antivandalismo tonalizada, atualizadas há pouco pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Um desvio da regra e lá se vão R$ 195,23 em multa. E a diferença de espessura e de peso entre as membranas é ínfima. Da PS4 às PS13 e PS14 as medidas vão de 0,1 mm a 0,35 mm.

“A PS12 é a mais procurada. E, como é mais espessa, o ideal é não ficar levantando e baixando muito o vidro para evitar danos no conjunto elétrico. Em média, são R$ 550 para aplicar um jogo de PS4, e o trabalho leva duas horas. Um jogo de PS8 custa R$ 1.000 e o serviço é feito em seis horas. A PS12 fica em R$ 1.800, mas o cliente precisa deixar o carro 24 horas na loja para a retirada dos vidros”, diz Wellington.

O poliéster é cortado de um rolo como um pedaço de tecido, e também tem a função de, num acidente, conter estilhaços de vidro temperado para preservar os ocupantes. Se o consumidor quiser, a peça pode vir com camada de proteção contra raios ultravioleta. “Qualquer carro pode ter essas películas, mas, como a estrutura se parece com a de uma garrafa PET, a instalação só pode ser feita nas laterais. No vidro traseiro e no para-brisa não tem como”, diz o especialista em películas Ezequiel Pereira, da Fênix Multimídia, em São Paulo.

Apesar da proteção contra fortes pancadas, o produto não oferece o mesmo nível de defesa de janelas blindadas – que bloqueiam tiros. A ideia é desencorajar criminosos que precisam ser rápidos ao agir.

Quando comparada a uma película comum, a antivandalismo oferece mais resistência a golpes e exige mais tempo e esforço do invasor. Ambos os lojistas asseguram que a instalação não implica perda da garantia de fábrica.

“O custo vai depender do carro e da dificuldade de instalação. Dias atrás foi aplicado uma PS8 norte-americana, muito boa de trabalhar, em um BMW sedã. O serviço custou R$ 1.200 e levou três horas. Caso o cliente saia da loja protegido e tenha um dos vidros estourados, o mesmo terá que ser  substituido.

A limitação no manuseio de alguns produtos se dá, em alguns casos, porque as lojas trabalham com películas feitas para arquitetura, adaptadas para os vidros automotivos. No entanto, o mercado também oferece modelos específicos para aplicação nos para-brisas.


FONTE: AUTO ESPORTE GLOBO



11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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