Quais cuidados você precisa ter antes de comprar um carro blindado usado?

21 de novembro de 2023

Certificação e análise de uma blindadora de confiança são pontos importantes


Carros blindados usados podem ser um excelente negócio para quem não pode esperar o prazo de execução do serviço de blindagem ou não pode arcar com os custos de um novo. No entanto, os consumidores que optam por esse tipo de veículo precisam ter alguns cuidados.

A Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) informa que é necessário saber escolher o veículo e o fornecedor, além de verificar se o revendedor tem registro no Exército e outras documentações exigidas pelos órgãos fiscalizadores. Isso porque os materiais balísticos estão sujeitos ao controle e à fiscalização do Exército, e qualquer transação comercial que os envolva deve ser registrada.

O mercado de veículos de segunda mão oferece alguma proteção para o comprador, como laudos cautelares para atestar a qualidade e detalhar possíveis acidentes e reparos, e até a documentação dos veículos.

Mas automóveis que já passaram por blindagem atualmente não contam com essa certificação, como revela o presidente da Abrablin Marcelo Silva: “O mercado de seminovos blindados sente falta de um documento que ateste e comprove a qualidade das blindagens. É importante saber se tudo está de acordo com a originalidade do projeto e se possíveis reparos foram feitos corretamente".

"Estamos elaborando um termo de constatação e certificação para servir ao segmento. A novidade deve estrear no mercado em alguns meses”, explica.

Marcelo Silva também alerta ser preciso observar o desgaste das peças da suspensão e dos freios. Afinal, o excesso de peso — consequência da blindagem — aumenta o desgaste e reduz o desempenho do carro.

“Os vidros devem ser inspecionados em busca de delaminação e devem ser substituídos caso seja necessário. A vistoria deve ser feita também na parte opaca, onde se verifica o nível de aderência de mantas e aços. E também é preciso verificar se existe alguma área desprotegida em razão de algum sinistro”, alerta.

Rafael Barbero, da Avallon Blindagens, reforça os cuidados: “Nós orientamos os clientes a levar o carro para a análise de uma blindadora de confiança antes da compra para checar possíveis desgastes e problemas com a blindagem, como é o caso da delaminação dos vidros”.

O CEO da Avallon comenta que a desvalorização caiu muito ao longo dos anos: “Atualmente, a blindagem não desvaloriza tanto o automóvel. Com o avanço da tecnologia dos materiais balísticos, o peso da blindagem diminuiu significativamente e trouxe menos agressão ao carro, ao mesmo tempo que mantém sua originalidade”.

Em uma busca rápida em sites de vendas de carros novos e seminovos é possível encontrar mais de 12 mil ofertas de blindados avaliados entre R$ 17 mil e R$ 550 mil.

“Há dez anos, não havia interesse por blindados seminovos; por isso, os valores caíam muito. Hoje, o mercado aqueceu com o aumento da preocupação com a segurança e já é possível encontrar exemplares em bom estado por valores entre R$ 70 mil e R$ 120 mil”, diz Marcelo Silva.

Ainda segundo o executivo da Abrablin e do Grupo Inbra, “atualmente a desvalorização da blindagem acompanha a do automóvel, desde que seja um modelo de boa aceitação no mercado e que esteja bem conservado”.

 

FONTE: AUTO ESPORTE

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No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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