Os vidros
foram o componente mais citado pelos representantes das quatro blindadores que temos parceria. Isso porque, depois de algum tempo, que pode variar de acordo com o modelo, tipo e qualidade do material da blindagem, e também os cuidados tomados pelo proprietário, os vidros sofrem um processo chamado delaminação.
Isso pode acontecer após três, cinco ou até uma década de uso. Atualmente, já há blindadoras que oferecem dez anos de garantia. A delaminação acontece quando há um deslocamento das lâminas de vidro ou do policarbonato que compõe a proteção balística, gerando bolhas de ar nos vidros ou até fazendo-os perder a transparência.
Ainda relacionado aos vidros, o motor elétrico que faz as janelas subirem e descerem normalmente é trocado quando o carro é blindado, pois o peso extra pede um motor mais potente. Mesmo assim, com o passar do tempo, manutenções são necessárias.
Afinal, imagine ter um carro blindado, mas, ao descer o vidro para tirar um tíquete no guichê eletrônico de um estacionamento, ele acaba não fechando por falta de manutenção? Com o vidro aberto, toda a proteção vai por água abaixo.
Pastilhas de freios
também estão entre os itens que mais precisam de cuidados extras. Devido ao peso extra causado pela blindagem, que pode chegar a até 200 kg, as pastilhas se desgastam a uma velocidade maior do que em um carro sem a proteção balística.
Muito se fala que a blindagem da carroceria
é vitalícia, mas ela não está livre de manutenções. Por isso, na revisão, as empresas costumam fazer testes de infiltração e de alinhamento, por exemplo.
Sérgio Antoniette, da SR Blindagens, cita ainda amortecedores e molas
como itens que requerem atenção. Assim como os freios, eles sofrem com o peso a mais do carro.
O gerente Fábio Raymundo, da Avallon, recomenda que a cada 40.000 ou 50.000 km rodados os amortecedores das portas e porta-malas sejam trocados. Verificar o alinhamento das portas também é outra prática constante que se deve ter com o carro blindado.

De acordo com Romulo dos Santos Gonçalves, CEO da RM Rental, empresa do setor de aluguel de carros blindados, a blindagem automotiva tem se tornado uma solução cada vez mais buscada por aqueles que desejam aumentar sua segurança no trânsito. Com o avanço das tecnologias, o setor de blindagem automotiva tem visto mudanças significativas, tanto em termos de materiais quanto de processos. Este artigo explora como as novas tecnologias estão influenciando os custos de blindagem, oferecendo um panorama sobre a eficiência e a acessibilidade desses serviços. Como os novos materiais afetam os custos de blindagem? Os avanços em materiais têm desempenhado um papel crucial na transformação da blindagem automotiva. Tradicionalmente, os veículos blindados utilizavam aço balístico pesado, o que aumentava significativamente o peso do carro e, consequentemente, seu consumo de combustível. Com o desenvolvimento de materiais mais leves, como os polímeros e as fibras de aramida, a eficiência do veículo é melhorada, reduzindo os custos operacionais a longo prazo. Além disso, esses novos materiais não apenas oferecem a mesma ou até maior proteção que os materiais tradicionais, mas também são mais fáceis de trabalhar, o que reduz o tempo de instalação. Segundo pontua o empresário Romulo dos Santos Gonçalves, o resultado é uma diminuição nos custos de mão de obra e, por extensão, no custo total da blindagem. A inovação em materiais também permite que o processo de blindagem seja mais sustentável e menos agressivo ao meio ambiente. Quais tecnologias de produção estão reduzindo os custos? A automação e a digitalização dos processos de produção têm sido grandes aliadas na redução dos custos de blindagem automotiva. Máquinas de corte a laser e impressão 3D, por exemplo, permitem a fabricação de peças com precisão milimétrica, minimizando o desperdício de material e reduzindo o tempo de produção. Essas tecnologias aumentam a eficiência do processo e, como consequência, reduzem os custos operacionais, como ressalta o CEO Romulo dos Santos Gonçalves. Além disso, o uso de softwares avançados de design e simulação permite que os engenheiros criem modelos digitais detalhados do veículo blindado antes mesmo de iniciar a produção. Isso possibilita a identificação de possíveis falhas e a otimização do projeto, evitando retrabalhos e desperdícios, que são fatores significativos no custo final. Como as tecnologias de monitoramento e manutenção influenciam os custos? As tecnologias de monitoramento e manutenção preditiva têm revolucionado a forma como a blindagem automotiva é gerida ao longo de seu ciclo de vida. Outra inovação importante é o uso de dados e análise avançada para otimizar a manutenção. Sistemas de telemetria fornecem informações detalhadas sobre o desempenho e o estado dos veículos blindados, permitindo que as intervenções sejam feitas de forma mais precisa e eficiente. Essa abordagem baseada em dados não só reduz os custos de manutenção, mas também aumenta a confiabilidade e a segurança dos veículos, como enfatiza Romulo dos Santos Gonçalves, empresário entendedor do assunto. Conclusão O impacto das novas tecnologias no custo da blindagem automotiva é significativo e multifacetado. Desde a utilização de materiais avançados e técnicas de produção automatizadas até o monitoramento inteligente e manutenção preditiva, cada inovação contribui para tornar a blindagem mais eficiente e acessível. A adoção dessas tecnologias promete não apenas reduzir os custos, mas também melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços de blindagem automotiva. Fonte Jornal a Verdade