Entenda a diferença entre vidro temperado, laminado e blindado

21 de setembro de 2023

Material usado na indústria automotiva não é o mesmo de janelas residenciais

Talvez você não saiba, mas os vidros não são todos iguais. O material dos para-brisas dos carros é diferente do usado em janelas de casas, copos e outros utensílios domésticos. Isso acontece para redobrar a segurança de motoristas e passageiros. 


“Os vidros temperados são bem mais resistentes que os comuns e têm como principal vantagem o fato de não produzirem estilhaços pontiagudos quando quebram”, diz Luciana Félix, especialista em mecânica de automóveis e proprietária da Na Oficina, localizada em Belo Horizonte (MG). 

“Esse tipo, contudo, não é mais utilizado nos para-brisas dos veículos. Apesar de resistente, prejudica a visibilidade, pois, quando se quebra, forma diversos pedaços e perde sua transparência.” 


Atualmente, o vidro temperado é usado somente nas janelas laterais e na traseira de alguns modelos. Os carros produzidos no País utilizam, obrigatoriamente, desde 1990, vidros laminados no para-brisa. 


“A grande vantagem dos laminados é que, além de serem tão resistentes quanto os temperados, eles ainda permitem boa visibilidade quando quebram”, afirma Luciana. 

Isso se deve ao fato de o laminado, na verdade, ser composto por um “sanduíche” com duas (ou mais) camadas de vidro e uma lâmina plástica no meio que retém os fragmentos em caso de rompimento, impedindo que os estilhaços se espalhem, causando ferimentos. 

“Além disso, o vidro laminado também pode ser retirado com mais segurança após uma colisão, já que ele não se divide em partes”, explica a especialista.


Já os vidros blindados são utilizados em veículos que precisam de proteção contra disparos de armas de fogo. Eles seguem a receita dos laminados, mas possuem diversas camadas de vidro e de películas plásticas. O nível de resistência aumentará conforme a espessura desse “sanduíche”. 


Cuidado com o vidro blindado


“Existe uma regulamentação para as blindagens e é o Exército brasileiro que certifica as fabricantes dos vidros blindados”, alerta Luciana. “Então, é importante escolher uma empresa séria na hora de blindar o veículo, a fim de garantir que essas regras sejam respeitadas.”

Um problema comum em vidros blindados que não seguem as especificações é a ocorrência da chamada “delaminação”, quando as camadas do vidro se soltam, provocando o surgimento de manchas características e – o mais perigoso – o comprometimento da proteção oferecida. 



FONTE: MOBILIDADE ESTADÃO



11 de setembro de 2025
No ano passado, cerca de 34.402 veículos foram blindados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Os números representam um crescimento de 17,4% em comparação com o ano de 2023. O aumento representa uma demanda de consumidores que buscam por uma maior segurança dentro dos automóveis. Como existe uma diversidade de empresas em atuação no Brasil, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), em parceria com a Abrablin, lançaram um certificado de qualidade dessas blindagens. O selo de qualidade deve seguir um padrão confiável para que os consumidores saibam a quem recorrer na hora de realizar uma blindagem. “A certificação aborda a qualidade e conformidade dos materiais balísticos utilizados no processo de blindagem, como manta, aço e vidro balístico, que devem obrigatoriamente possuir a Certificação de Produtos Controlados pelo Exército (PCE)”, ressalta a organização. Vale pontuar que o IQA atua como certificadora designada pelo Exército do Brasil para conduzir este tipo de avaliação, seguindo as exigências estabelecidas pela Norma Regulamentadora ABNT NBR 15000. Segundo o gerente de Serviços Automotivos do IQA, Sergio Fabiano, a certificação é voluntária e visa garantir que a empresa forneça um produto que cumpra sua finalidade. No processo de certificação, a empresa que realiza a blindagem veicular é submetida a uma avaliação abrangente, que engloba desde a sua estrutura física e capacidade de produção até a conformidade com normas de segurança e regulamentações. Aspectos como o processo de fabricação, disponibilidade de autorização para funcionamento, os equipamentos e tecnologias empregadas, bem como aquisição de materiais balísticos que passaram por testes realizados nos produtos finais para verificar sua resistência balística e outras características de segurança.  FONTE: ABRABLIN
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