Todas as respostas que você precisa saber antes de blindar o seu carro

19 de setembro de 2023

Especialistas explicam como funciona o nível de blindagem e respondem à perguntas frequentes sobre o assunto


Quem aí nunca confundiu veículo blindado com carro de passeio blindado? O primeiro termo abrange todos os veículos militares, comerciais e de passageiros equipados com blindagem total ou parcial. Já o segundo refere-se especificamente aos automóveis comuns. Parece confuso? E é.

Não se sabe ao certo quantos carros blindados há no Brasil. O Exército, que controla o setor, não faz filtros de pesquisa. De um Urutu até um Corolla, qualquer um pode ser blindado. No entanto, os veículos civis devem ser entendidos — e categorizados — como carros de passeio blindados.

Uma certeza é que, neste país, o medo de assaltos mantém em alta o interesse pela proteção do carro. Porém, em razão da falta de estatísticas oficiais, a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) apenas estima a frota nacional em 300 mil automóveis blindados. Segundo a associação, mais de 25 mil deles teriam passado por processos de blindagem em 2022, como você já viu em Autoesporte.

A estimativa de Marcelo Silva, presidente da Abrablin e diretor do Grupo Inbra, é de que o Brasil ainda abrigue a maior frota de carros blindados nível III-A para uso civil — o mais elevado grau de proteção permitido para automóveis. “O Brasil está no topo com a maior frota de blindados nível III-A, embora não haja um ranking oficial. Fala-se muito em frota de blindados militares por país, mas, para uso civil, não há ranking”, destaca.

Quanto ao mercado global, o Grupo Internacional de Pesquisa e Consultoria em Análise de Mercado (Imarc Group) informa que o setor de veículos blindados faturou, no ano passado, a cifra de US$ 16,9 bilhões, algo em torno de R$ 92 bilhões na conversão direta. Até 2028, a previsão é de crescimento de 5,8% — para cerca de US$ 24 bilhões, ou R$ 130 bilhões.

Os números grandiosos são um reflexo dos conflitos e guerras na África, no Oriente Médio e na Ásia Meridional — dados do Conselho de Relações Exteriores. E também dos altos índices de criminalidade em cidades como as brasileiras.

Serviço controlado

Quem entende que precisa — e pode pagar o equivalente a um carro para se proteger —, começa com a definição do nível de blindagem. Essa escolha define quais materiais serão aplicados e cortados nas dimensões do veículo.

“Com detalhes e orçamento definidos, o cliente apresenta seus documentos pessoais e os do veículo à loja, que, por sua vez, dá entrada na solicitação de blindagem no Exército Brasileiro. Somente com a autorização em mãos os serviços podem ser iniciados”, diz Marcelo Silva, da Inbra.

Alessandro Ericsson, CEO da Carbon Blindados, ressalta que, para escolher um prestador de serviço, é preciso primeiro verificar se a empresa oferece a blindagem certificada: “Seriedade, robustez e qualificação da blindadora são pontos-chave, principalmente ante a carência de regulamentação técnica”, conta.

Outra decisão importante diz respeito ao nível de proteção esperado. Ericsson explica que os níveis I, II-A e II (II-A vem antes do II) suportam armas de menor calibre e têm autorização plena para serem produzidos e aplicados.

“Pela lei, o maior nível permitido no país é o III-A, que suporta até disparos de pistolas 9 milímetros e de revólveres 44 Magnum. Esse é o nível de blindagem mais utilizado no Brasil, uma vez que os custos são próximos aos dos níveis I e II. É economicamente desinteressante renunciar ao maior nível de proteção”, destaca.

O nível III oferece proteção superior à do III-A: é capaz de resistir a disparos de fuzil calibre 7.62, de uso restrito. Porém, sua aplicação requer autorização especial do Exército Brasileiro, mediante justificativa da necessidade.

Já o nível IV resiste até a uma metralhadora M60, também de calibre 7.62, mas de uso exclusivo das Forças Armadas e de policiais. “Quem controla, regula e fiscaliza tudo, por meio da Portaria 94, é o Exército. Isso porque tanto os materiais aplicados como o veículo blindado são considerados “PCEs” (Produto Controlado pelo Exército)”, explica Marcelo Silva.

Um carro reconstruído

Alessandro Ericsson, da Carbon Blindados, lembra que a blindagem é um processo artesanal de execução muito complexa. E ressalta que, para garantir proteção balística, é preciso instalar materiais adicionais no veículo, substituir os vidros e aplicar chapas de manta de aramida e aço.

Rafael Barbero, da Avallon Blindagens, explica que tudo começa com a desmontagem interna do veículo, exceto console central e painel. Depois, o carro entra na linha de produção para a instalação da manta e do aço, a blindagem opaca. Segue então para a transparente, em que são instalados os vidros blindados. “A escolha de materiais e a proporção usada dependem do projeto de cada blindadora”, diz.

Segundo Barbero, o serviço pode incluir itens mecânicos: “Na maioria dos carros, molas traseiras são reforçadas para aguentar o peso da blindagem, deixando o veículo mais próximo da suspensão original. Pneus não necessitam reforço, só calibragem no nível máximo especificado no manual. Pronto o serviço, o carro vai para o check-list final, em que são feitos testes como rodagem e infiltração, antes de finalizar”.

Marcelo Silva, da Inbra, detalha mais: “A blindagem opaca vai no teto, nas colunas e caixas de roda, atrás do banco traseiro (sedãs), na tampa do porta-malas (SUVs), nas portas, laterais, no painel corta-fogo, nos para-lamas e no acesso à cabine, exceto no assoalho. Só após instalada toda a proteção o revestimento interno é recolocado, com o máximo de originalidade possível”.

Nas partes planas e caixas de roda são aplicadas mantas de aramida (fibras leves e de alta resistência) com resinas especiais. Também conhecido como Kevlar, esse material semirrígido, de alta resistência, se ajusta aos locais a ser protegidos e — afirmam os especialistas — não perde propriedades balísticas em função do tempo ou de agentes externos como umidade.

“Nas colunas A e B, no contorno do teto, na travessa central, nas maçanetas e nos retrovisores é usado aço balístico estampado a frio, que acompanha o formato da carroceria. Compostos de camadas de vidro e plásticos com propriedades especiais substituem os originais. A tecnologia desses vidros é diretamente ligada a espessura, peso, durabilidade e resistência balística”, esclarece o presidente da Abrablin.

Existem diferentes combinações de vidros com polímeros. “Hoje, o mercado oferece vidros com espessuras de 18 mm a 23 mm, com o mesmo nível de proteção. As garantias contra delaminação (bolhas nos vidros) vão de dois a dez anos, dependendo da composição”, diz Silva.

Por essas diferenças, o consumidor deve ficar atento em relação à qualidade, ao conforto óptico, à transparência e ao design, pois há variações gritantes nesses atributos.

“Em termos de custo e disponibilidade, vidros blindados são o calcanhar de Aquiles do segmento. Normalmente, vidros de policarbonato são vendidos com cinco anos de garantia. Há produtos com até dez anos de cobertura, mas com menos qualidade óptica e transparência. É uma escolha a ser feita pelo consumidor”, destaca Ericsson.

Marcelo Silva também fala que a forte concorrência fez melhorar a qualidade do serviço: “Quando a blindagem é bem-feita, com bons materiais, as empresas conseguem o máximo de originalidade possível. Com revisões a cada 10 mil km, os custos de manutenção ficam próximos aos de um não blindado”, explica.


consumidor deve desconfiar de preços muito baixos. A Abrablin recomenda pesquisar o histórico da empresa, a ocorrência de reclamações e sites específicos sobre blindagem. Isso porque a produção de materiais balísticos (vidros e mantas) é muito regulada, com distribuição rastreada pelo Exército.

Mas a forma de aplicação desses produtos, bem como a finalidade, não é regulamentada. “Cada blindadora desenvolve seu projeto. Há empresas sérias, com times qualificados de engenharia e produtos de alto nível. Entretanto, uma parte ainda muito grande não dispõe da infraestrutura mínima necessária. Ou seja, blindagem definitivamente não é tudo igual”, ressalta Ericsson.


Perguntas frequentes:

Blindagem pode apresentar falhas?
A proteção balística não deve apresentar falhas se feita dentro dos limites estabelecidos pelas normas técnicas. Contudo, a qualidade de acabamento após a remontagem do carro é um ponto de atenção. Por isso, é importante escolher uma blindadora com ampla estrutura de pós-venda.

Blindagem aumenta o consumo de combustível?
“Aumenta, relativamente. É como se você, ao dirigir sozinho, estivesse com duas pessoas no veículo. Ou seja, aumenta o peso do carro e, consequentemente, o consumo. Porém, não é algo significativo”, explica Rafael Barbero.


Veículo blindado tem desempenho diferente?
A blindagem acrescenta ao carro algo entre pouco mais de 100 kg a 300 kg. E isso muda o desempenho e a dirigibilidade, dependendo do modelo e da potência do motor. Cabe à blindadora avaliar o limite máximo de peso e indicar a blindagem ideal. Não é recomendável blindar automóveis com menos de 90 cv ou com motor 1.0. O peso adicional ocasiona desgaste prematuro de componentes.


É possível desfazer uma blindagem? Vale a pena?
Segundo a Abrablin, é difícil desfazer a blindagem porque os acabamentos internos são modificados, e não vale a pena. Como o mercado de usados está aquecido, a sugestão é vender o carro.


O que fazer em caso de colisão ou ataque a tiros?
O veículo deve ser imediatamente encaminhado à blindadora para os devidos reparos. Mas, a exemplo do que acontece com qualquer carro em ocorrências atípicas, a blindadora não arca com o custo do conserto, mesmo dentro do prazo de garantia.


Vidros blindados podem ser abertos?
Apesar de ser possível, a recomendação é de que eles não sejam abertos para que os ocupantes não fiquem desprotegidos. Por segurança, as blindadoras normalmente restringem a possibilidade de abrir o vidro dianteiro para passagem em pedágios ou estacionamentos de shoppings. Os vidros traseiros ficam fixos.


Caminhões podem ser blindados?
Sim. E, segundo profissionais do setor, o acréscimo de peso tem impacto mínimo diante da grande capacidade de carga do caminhão. É um mercado em expansão devido ao número crescente de roubos de cargas no país. Soluções atendem qualquer tipo de cabine, nos mais variados níveis de blindagem.


Para que serve o título de registro?
Todo blindado deve ter esse documento. Ele comprova que o veículo está registrado no Exército. Um usado blindado é considerado regularizado somente com a posse desse título, exigido inclusive por seguradoras na contratação de seguro para o automóvel.



FONTE: Autoesporte





29 de abril de 2025
Com aumento de furtos e roubos a veículos, país registrou recorde de blindagens em 2025 e até a procura por carros usados blindados vem crescendo De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-AP), houve aumento de 31,4% nos furtos de SUVs na região Metropolitana de São Paulo entre janeiro e dezembro de 2024 ante 2023 . Não à toa, motoristas vêm buscando alternativas a fim de evitar complicações do tipo, sendo a blindagem automotiva a principal delas. E não é só com foco em SUVs, tampouco em São Paulo. Embora o estado ainda lidere com folgas a busca pelo serviço no país, o interesse por carros blindados cresceu entre os motoristas brasileiros . De acordo com levantamento da Webmotors, obtido por Autoesporte em primeira mão, houve aumento de 14% na procura por usados com algum tipo de blindagem na plataforma entre janeiro e março de 2025 na comparação com mesmo período do ano anterior. No caso dos modelos zero km, a alta foi de 8%. Entre os usados, o Toyota Corolla lidera o ranking de buscas, com 16,96% . Temos, na sequência, outro sedã: o Volkswagen Jetta , com 11,35%. Completam o top 10 Volkswagen Tiguan (10,54%), BMW Série 3 (10,48%), Volkswagen Passat (10,41%), Porsche Cayenne (9,12%), Toyota SW4 (8,04%), Honda Civic (7,82%), Volkswagen Golf (7,73%) e Volvo XC60 (7,56%). No caso dos zero km já vemos maior inclinação aos SUVs. O Toyota Corolla Cross encabeça a lista de carros novos blindados mais procurados na plataforma, com 16,69%. SW4 (13,32%) e Caoa Chery Tiggo 7 (11,38%) fecham o pódio. Temos ainda no ranking BMW X6 (9,44%), Toyota Corolla (8,70%), Volkswagen Nivus (8,45%), Honda HR-V (8,27%), Volkswagen T-Cross (8,09%), Hyundai Creta (8,05%) e Jeep Compass (7,60%). A criminalidade faz com que proprietários busquem cada vez mais por tal solução. Segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), 34.402 veículos passaram pelo processo no país ao longo de 2024 — o que se traduz em um novo recorde . Ainda de acordo com a entidade, a frota de blindados no Brasil já se aproxima das 400 mil unidades . A Abrablin diz também que Toyota , Jeep , BMW , Volkswagen e BYD encabeçam a lista de montadoras que mais tiveram seus carros blindados no ano passado. No caso da fabricante chinesa, tal evidencia o viés de alta da frota blindada na seara de eletrificados. São Paulo é líder em blindagem Para completar, segundo dados da Abrablin, São Paulo ainda lidera com sobras o ranking nacional de carros blindados . Quase 85% das blindagens feitas no país em 2024 foram realizadas no estado. Na sequência, Rio de Janeiro e Ceará, com 2.669 e 992 serviços , respectivamente, completam o pódio. Ainda de acordo com a entidade, à exceção do Rio Grande do Sul, houve alta na procura pela blindagem nos demais estados. Só no Rio de Janeiro o crescimento foi de 44% ante 2023. FONTE: Autoesporte/Globo
24 de abril de 2025
A blindagem de carro se tornou uma necessidade para muitos motoristas no Brasil, especialmente em tempos de crescente preocupação com a segurança. Essa proteção não é apenas um recurso, mas uma resposta a um contexto onde a integridade pessoal e dos ocupantes é prioridade. Neste post, vamos explorar os diferentes tipos de blindagem oferecidos, sua importância e como escolher a melhor opção de acordo com suas necessidades. Com o aumento de incidentes de violência, a blindagem tem se popularizado, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona esse processo e quais são os benefícios reais. Você vai aprender sobre as opções de blindagem disponíveis e como cada uma delas pode proteger seu veículo de ameaças externas. Saiba como essa tecnologia pode trazer mais segurança e tranquilidade no seu dia a dia, além de assegurar que seu carro esteja preparado para enfrentar imprevistos. O que é Blindagem de Carro? A blindagem de carro é um processo de proteção que se aplica a veículos, criando uma barreira contra ameaças externas, como tiros e impactos. Essa tecnologia é especialmente procurada por pessoas que desejam aumentar sua segurança e a de seus passageiros, proporcionando tranquilidade em situações de risco. Mas como exatamente funciona a blindagem e quais são seus principais componentes? Níveis de Blindagem Quando se trata de blindagem de carro , entender os diferentes níveis de proteção é fundamental para fazer uma escolha informada. Cada nível é projetado para responder a ameaças específicas, oferecendo segurança de acordo com as necessidades individuais. Aqui, detalhamos os principais níveis de blindagem disponíveis e suas características. Nível I-A O Nível I-A é o mais básico de blindagem e é principalmente projetado para proteger contra armas de fogo de baixo calibre, como pistolas comuns. Ele é indicado para pessoas que podem estar em áreas de risco moderado e que desejam um nível de segurança sem grandes intervenções no veículo. Esse tipo de blindagem é mais leve e menos custoso, tornando-o uma opção popular entre motoristas que buscam um primeiro passo em direção à segurança. Essencialmente, essa blindagem é uma boa escolha para profissionais que necessitam de algumas medidas de proteção, mas cuja exposição a situações de violência não é extremamente alta. Entre os usuários típicos estão empresários que realizam viagens em áreas urbanas e pessoas que desejam um certo grau de conforto e segurança sem se comprometerem totalmente com um veículo blindado. Nível III-A O Nível III-A oferece uma proteção mais robusta, capaz de resistir a armas de fogo de médio calibre, como revólveres .44 Magnum e pistolas .45 ACP. Suas características incluem a utilização de materiais avançados, aumentando a resistência do veículo sem comprometer muito seu peso ou design. Um exemplo claro de uso desse nível de blindagem são os veículos de executivos e personalidades públicas que precisam transitar em ambientes urbanos e que, porventura, possam ser alvo de ameaças. A blindagem III-A é um compromisso eficaz entre segurança e estética, permitindo que os motoristas mantenham uma certa discrição enquanto viajam com uma proteção sólida. Este tipo de blindagem é indicado para aqueles que enfrentam riscos moderados, mas que ainda assim precisam de um nível de segurança mais adequado. Níveis IV e V Os Níveis IV e V de blindagem representam a proteção mais alta, sendo projetados para resistir a disparos de armas de fogo de alto poder, como fuzis e armamentos militares. o Nível IV : É especialmente indicado para forças de segurança e militares, pois pode suportar disparos de rifles de alta potência. Essa blindagem é ideal para situações extremas, onde há um risco elevado de ataques armados. o Nível V : Este nível é ainda mais sofisticado e destina-se a ambientes de combate. Ele protege contra armamentos fuzil e outras ameaças graves. A razão pela qual esses níveis de blindagem não são permitidos para civis está ligada à segurança pública e à legislação. Armamentos que podem ser usados contra um veículo blindado de Nível IV ou V são considerados de uso militar, e sua disponibilização ao público em geral poderia criar um ambiente de risco elevado. Portanto, a blindagem destes níveis é restrita a situações controladas, como operações policiais e militares. Assim, ao considerar uma blindagem de carro, é crucial avaliar seu estilo de vida e os riscos que você enfrenta. Uma escolha bem informada pode fazer toda a diferença na sua segurança e na de seus passageiros. Para entender melhor o que é blindagem. Materiais Utilizados A blindagem é feita com diversos materiais que garantem a segurança do veículo. Os mais usados incluem: o Aço : Fornece uma estrutura robusta e durável. o Aramida : Um material leve, mas com alta resistência, frequentemente utilizado em coletes à prova de balas. o Vidro Balístico : Substitui o vidro comum, garantindo proteção contra impactos diretos. Esses materiais não apenas protegem contra balas, mas também oferecem resistência a explosões em alguns casos. Vantagens da Blindagem A blindagem de carro oferece vários benefícios, como: o Segurança Aumentada : Proporciona proteção efetiva contra ataques. o Tranquilidade : Motoristas e passageiros sentem-se mais seguros ao conduzir. o Valorização do Veículo : Carros blindados muitas vezes mantêm seu valor de revenda devido à alta demanda. Considerações Finais Antes de optar pela blindagem, é importante avaliar suas necessidades individuais. A segurança do veículo pode ser um fator determinante na escolha da blindagem ideal. A blindagem de carro não é apenas uma questão de segurança; é uma decisão que pode impactar sua vida cotidiana. Ao investir em proteção, você está optando por um estilo de vida mais seguro e consciente. FONTE : VERIFICARAUTO
22 de abril de 2025
O mercado de blindagem automotiva no Brasil vive um de seus melhores momentos, com crescimento contínuo e recorde de produção. A alta na procura, no entanto, começa a gerar pressão sobre a cadeia produtiva, especialmente na oferta de vidros blindados — item essencial e sensível no processo de blindagem. Com isso, a demanda crescente tem exigido das empresas mais planejamento e expansão da capacidade industrial, sem comprometer a qualidade do serviço. Está faltando vidro? Segundo o presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Marcelo Silva, a indústria está reagindo com soluções estruturais para aumentar o fornecimento dos insumos. "É um material técnico, com riscos de trincas e quebras na manipulação e transporte. Por isso, vemos empresas apostando na verticalização, criando suas próprias fábricas de vidros e mantas balísticas para garantir o ritmo da produção", afirma. Em 2024, o setor alcançou o recorde de 34 mil veículos blindados produzidos, e já movimenta uma frota circulante de cerca de 400 mil veículos seminovos blindados. A cadeia produtiva emprega hoje aproximadamente 120 mil pessoas, somando empregos diretos e indiretos. Para atender à demanda crescente, algumas empresas do setor têm operado até em três turnos, ajustando sua capacidade de produção conforme o ritmo do mercado. "Como o serviço é feito sob encomenda, o consumidor que decide trocar de carro também encomenda a blindagem. Em períodos de maior procura, os prazos — que normalmente giram em torno de 25 dias corridos — tendem a se alongar um pouco mais", explica Silva. Apesar da ideia comum de que blindagem está ligada à violência urbana, os dados mostram um novo perfil de consumidor. Mesmo com a queda nos índices de criminalidade, especialmente em São Paulo (que concentra 85% do mercado) a procura continua em alta. "Hoje, a blindagem é associada também à confiança, conforto e valorização do veículo", pondera o executivo. Silva acrescenta que, no entanto, o segmento de blindados é um setor volátil, sujeito a fatores externos como políticas econômicas internacionais. FONTE : UOL IMAGEM : Jales Valquer /Fotoarena/Folhapress
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